Cia. Novo Ato
A Cia.Novo Ato completou dez anos comprometidos com
o engrandecimento do teatro e da sociedade avançando artisticamente em relação
as suas criações e ações.
Vencendo e se propondo novos desafios a Novo Ato
mantém vivo seu repertório composto de diversos gêneros resultados de diversas pesquisas
como: o drama "Via Cássia", o consagrado "Drummond 4
Tempos", a comédia Crônicas de Motel, o inusitado "Diário de um
Louco", o infantil "O Príncipe Feliz" e várias performances.
Em 2011 estreou o espetáculo Ambivalência(S) e
iniciou o processo de montagem de As Corvas, além de projetos de circulação
estadual, o coletivo participa de festivais e já recebeu várias premiações. A
Cia. realiza atividades que envolvem: estudos, oficinas, formação/criação,
intercâmbios nacionais e internacionais, críticas teatrais e um núcleo de
dramaturgia. Com projetos aprovados para a publicação e distribuição do
conteúdo produzido na trajetória do grupo.
Espetáculo em repertório:
DRUMMOND 4 TEMPOS
Consagrado espetáculo da
Cia, é fruto de uma profunda pesquisa literária e teatral envolvendo
desenvolvida pelos fundadores da Novo Ato: Marília Ribeiro e Luis Cláudio.
Baseado em poemas de Carlos Drummond de Andrade, já teve mais de 1000
apresentações em todo o país, participando de festivais nacionais e
internacionais, além de mostras competitivas onde recebeu diversos prêmios, de
melhor espetáculo, melhor ator, melhor atriz, direção, dentre outros. Dividido
em duas comédias e dois dramas.
As comédias:
-“Os dois Vigários” uma
sátira religiosa envolvendo Padre Júlio e Padre Olímpio numa espécie de duelo
em que suas personalidades e características opostas e contraditórias se chocam
num ritmo cômico com elementos de mimese corpórea bem definidos. Apresentado em
festivais nacionais e internacionais no espetáculo completo e como cena curta.
Ganhando prêmios de poesia encenada, maquiagem e melhor atriz (FETEG-2008).
-“Drummonzinho” comédia em que a atriz vai se transformando de
acordo com a vontade do público num homenzinho cheio de energia lembrando na
sua composição o genial Charles Chaplin. Mesclando elementos de contato e
improvisação com trechos da obra de Drummond.
-“A Morte do leiteiro”
o ator um quadro dramático, com toda a
expressão de um lirismo social pungente em que o Leiteiro é assassinado, como
conseqüência da brutalidade urbana. Em uma composição estética e poética que
tem fortes influências da poesia moderna, a cena é contagiada por elementos de
beleza, que trazem elementos a platéia para esse mundo dramatúrgico criado
durante a vasta pesquisa do coletivo.
-“O Caso do Vestido” apresentado e
aplaudido em todo o Estado é um marco na historia do teatro em Goiás, trazendo
técnicas de respiração, controle muscular e da emoção na cena. Este trabalho é
resultado de uma pesquisa realizada na Universidade Federal de Goiás, em
parceria com professores da EMAC – Escola de Música e Artes Cênicas. Por meio
desse trabalho de construção e pesquisa o público num silêncio compenetrado
fica emocionado diante desse quadro. O drama de uma mulher que é abandonada
pelo marido, a parte final desse espetáculo trabalha a emoção através da
consciência e do controle respiratório. Dentro do vasto universo de Carlos
Drummond de Andrade, que aborda as relações humanas em seus vários aspectos e peculiaridades
do cotidiano da cultura brasileira em toda sua complexidade. Igualmente
vencedor de diversos prêmios, como cena curta e no espetáculo completo: melhor
poesia encenada, melhor direção, melhor atriz, melhor figurino (FETEG - 2008)
O DIÁRIO DE
UM LOUCO
Uma tragicomédia escrita pelo russo Nikolai Gogol
estrelada e adaptada por Luiz Cláudio. A peça de Nicolai Gogol tem um sentido
universal como descreve o diário de Alexander Ivanovich um funcionário público
que vai dando a conhecer indiretamente sua situação frustrante e humilhante,
tem quarenta e dois anos e nunca foi promovido, vive na insignificante função
de apontar penas para o diretor e apaixonado por sua filha Sophie.
O PRÍNCIPE FELIZ
Infantil adaptado
do conto homônimo de Oscar Wilde, conta a saga de um Príncipe que vivia feliz
em seu palácio ate conhecer a triste realidade humana do mundo, ficando preso a
um pedestal na forma de estátua. Ele conta com a ajuda de uma meiga e míope
andorinha para partilhar com os mais necessitados suas riquezas.
Uma estória cheia de magia que valoriza o cerrado e o meio
ambiente como um todo e a importância de partilhar riquezas e valores. O
espetáculo conta com vários personagens que povoam o imaginário coletivo: o
João de Barro que em seu balanço realiza belíssimas acrobacias aéreas com a
doce Andorinha; a vendedorazinha de fósforo retirada dos contos clássicos; a
bordadeira pobre que não tem o que dar a comer ao netinho e com o dramaturgo
que precisa de fósforos para terminar de escrever sua peça. E também com
Arlequins que cantam, dançam e interpretam num reino de fantasia e realidade. É
uma peça que trata de valores humanos que repousam no mais profundo de nossos
sonhos infantis.
Com uma pesquisa
corporal que trás elementos acrobáticos do circo, teatrais da comédia
dell’arte, interpretativos do clown, conto e improvisação. A pesquisa literária
foi outro ponto que teve uma especial atenção no processo, adaptando à
contemporaneidade um texto clássico, além de inserção de arquétipos que
imprimem ao texto um caráter lúdico e próprio para o público infantil.
CRÔNICAS DE MOTEL
Uma hilariante comedia que apresenta ao publico situações do cotidiano
de casais, falando de sexo e de situações que tornam ele um acontecimento. Com
um humor inteligente e atraente, não é um besteirol, apenas apresenta conflitos
de forma cômica. É um quadro que pinta os personagens com muita objetividade de
cores, movimentos e interpretação, existe sempre uma surpresa em cada ato. A
carpintaria do texto permite que os atores joguem sempre coisas novas, a um
espetáculo que se renova dia após dia. Apresentado em todo o estado, realizando
temporadas em diversos teatros da capital.
O POLÍTICO E A ASSESSORA
Um quadro cômico que mantém sua atualidade em se tratando de política
brasileira, a cena tece fortes críticas a situação política da cidade, do
estado e do país. Um comédia cativante que gera um reflexão-crítica de como
estamos e como podemos mudar esta situação.
DE DUAS IRMÃS NOUTRO FINAL
O espetáculo se divide em três partes
que se confundem e se complementam: De Dois, Outro Final e Irmãs. Em cada poema
encenação são explorados elementos diversos. A direção é de Luis Cláudio
que busca um confronto com o espectador para que este, em contato com o
espetáculo empreenda um processo de auto-desenvolvimento e inquietude que o
leve no caminho da procura da verdade de si mesmo. Tambores convidam o público a
compartilhar várias imagens fortes e simbólicas compõem as cenas num trabalho inusitado
com movimentos que misturem ritmos e motivos.
A Cia Novo Ato buscou na realização
desta obra o casamento da palavra-poesia escrita com a música e o teatro.
Considerando que o ritmo é inerente a forma dramática e pode enriquecê-la como
nenhuma outra forma de arte. A poesia-música de Carlos Brandão e seus parceiros
enriquecem o universo de composições que enchem o mundo de melodias e torna
a precariedade inerente a natureza humana mais fácil de ser vivida. É uma
proposta que experimenta uma vertente de estranheza, desconexão dos gestos e
principalmente explora a dor e as relações humanas.
VIA CÁSSIA
Monólogo
estruturado em dois dinâmicos atos em que a personagem Cássia extravasa com
todas as forças suas obsessões interpretando os diversos acontecimentos da sua
vida que contribuíram para uma neurose progressiva que culmina na loucura
final. As cenas de intervenção dão força visual e poética e se
intercalam por todo espetáculo como nas cenas de manicômio, brincadeiras de
crianças, um enterro, nas vozes do coro. A temática aborda os preconceitos e aflições
da mulher moderna e está estruturada em dois planos: os flashbacks, por vezes narrados, em outros vivenciados ou
corporificados e com a mímese de outros personagens que fazem parte da
trama e o tempo real, possibilitando as diversas nuances
atmosféricas da trama. Esta montagem propõe um teatro vivo. A linguagem
corporal é bastante explorada como símbolo e procedimento estético na
visualização dos impulsos interiores tendo o conflito instalado nos gestos e
inflexões da personagem com cenas baseadas nas mímicas e movimentações
expressionistas deixando clara a relação dominador x dominado. Na montagem
existe o coro trágico marcado rigorosamente cenas de intervenção do médico, do
marido, da amante, uma cena forte e muito atual da garotinha que é abusada pelo
vizinho mostrando muitas verdades escondidas que só agora vem à tona. A catarse
leva a purgação e no caso da peça uma reflexão coletiva sobre a situação de
opressão da mulher.
A iluminação tem
papel fundamental na montagem indicando personagens como a mãe, o pai, o vizinho
e os diferentes ambientes em que se passa a ação, agindo como cenário – a
sombra chinesa, sendo o hospício como sensação interior de Cássia.
O trabalho de
interpretação é codificada em termos de respiração e das
posturas arquitetadas com variedade. A noção de estar no
tempo presente na selvageria do momento para exterminar os estereótipos a lembrança
de algum personagem pronto foi passo marcante no processo. Foi fundamental para
o trabalho a subida a montanha, para preparação e retorno, para trazer algo
novo ao público, novos caminhos para subir no palco, se constituindo um grande
ato, atividade de alta responsabilidade e entrega.
Este
espetáculo é vencedor dos prêmios de melhor atriz, iluminação e monólogo (FETEG
2004). O texto é de autoria de Marília Ribeiro e é uma produção do Núcleo de
Dramaturgia da Cia. Esta obra vai ser publicada em 2012 (projeto aprovado pela
lei estadual de incentivo a cultura) juntamente com outro dois textos
dramáticos produzidos neste núcleo: As Corvas e Bonito destino.
Núcleo de Dramaturgia
Em dez anos de trabalho a Cia Novo Ato desenvolveu também diversos textos
teatrais, que vêm carregados de uma profunda pesquisa histórica e dramatúrgica.
Escritos pela atriz e diretora Marília Ribeiro estes três dramas, já receberam
reconhecimento público por seu mérito dramatúrgico e cênico. Em 2012 essas três
peças serão publicadas por meio de um projeto aprovado na Lei Goyazes de
Incentivo a Cultura denominado Trilogia Novo Ato. São ele:
VIA CÁSSIA espetáculo montado em
2004 já ganhou vários prêmios como: melhor monólogo,
melhor atriz (Marília Ribeiro) e melhor iluminação (FETEG 2004).
AS CORVAS, uma história mítica, que viaja
no inconsciente coletivo através da saga de uma família. Começa a peça e Diana
esta morta numa cena onírica com seu pai Osvaldo Fernando. Dona Rosa mãe de
Diana convoca membros da Arena Progressista Dona Pomba e suas
funcionarias Corva I e Corva II para salvar sua
filha que julga estar doente as cenas vão se sucedendo
ate que Diana ‘e arrebatada e subjugada na arena progressista. As
Covas e uma história de várias lutas e contradições VIDA X MORTE, BELEZA X
FEIURA, SONHO X REALIDADE REPRESSAO X LIBERDADE. Uma peça de cunho inovador
tanto em termos sociais e estéticos. Esta em processo de montagem.
BONITO DESTINO experimentação onde a
inventividade marca as ações o personagem Antonio controla
todos os gestos de Sofia numa trama cheia de fantasia obsessão e morte. Ainda
sem previsão para montagem.
“Em tempos em que a realidade supera a arte
pelos absurdos que todos os dias podemos conferir nos noticiários, nada melhor
do que a valorização da cultura para dar uma razão existencial mais
significativa para a sociedade, e nesta perspectiva o teatro faz o seu papel de
maneira inigualável”.
Luis Cláudio
Elenco Ambivalência(S):
Luana Raissa
Silas Santana
Luciano Di Freitas
Marília Ribeiro
Luís Cláudio
Confira as fotos de alguns espetáculos da Cia:
Luis Claudio - Diario de Um Louco
Marília Ribeiro - Via Cássia
Loren Ribeiro - Via Cássia
Marília Ribeiro e Pedro Luis - O Príncipe Feliz
Loren Ribeiro e Marília Ribeiro - O Príncipe Feliz
Marília Ribeiro - Drummond 4 Tempos
Marília Ribeiro - Drummond 4 Tempos
Marília Ribeiro e Luis Claudio - Drummond 4 Tempos
De Duas Irmas Noutro Final
De Duas Irmãs Noutro Final
De Duas Irmas Noutro Final: Nayara Nunes, Marília Ribeiro e Ana Lu