O primeiro contato que tivemos com o artista e escritor Miguel Jorge foi em 2003 quando fez parte do juri do festival realizado pela FETEG onde a Cia. Novo Ato então com o nome de Grupo da Terra levou quatro estatuetas numa noite memorável.Este enebriado com a encenação escreveu um eximio comentário crítico que posteriromente passou a ser lido no inicio de cada espetáculo pelo então apresentador e sonoplasta que muito contribui pela Cia. Pedro Antônio Pereira.
O segundo contato foi em uma palestra na UFG em que este com outras personalidades do teatro conversaram sobre sua história no teatro, na ocasião recebemos dois livros de teatro de sua autoria. Dentre os livros o monólogo `Olga` que este gostaria que a atriz e diretora Marilia Ribeiro interpretasse. Noutra situação o diretor e ator Luiz Cláudio participou de encenação de poemas com o grupo Kados do escritor.
Lemos um roteiro de cinema e varias de suas peças na sombra de sua jabuticabeira, mas a peça que mais encantou e despertou nosso interesse foi 'Ambivalência' pela sua sofisticação e cheiro de modernidade. Os personagens se duplicando, o inconsciente aflorando, numa linguagem poética e potente. Cada palavra , cada dialogo contendo em si uma beleza dramática, uma fluidez lirica.
A partir dai elaboramos o projeto para a Lei de Incentivo a Cultura de Goiânia e com a ajuda de Dionisio foi aprovado e a Cia. Novo Ato então esta tendo a oportunidade de concretiza-la.A primeira providência depois da aprovação foi estudar as peças e poemas do autor e depois realizamos um encontro com ele onde entramos em contato com sua historia pessoal,suas reminiscências, seu repertório, sua inspiração, o social e o psicológico em sua obra.
Desvendando os segredos, suas inteções, o processo criativo e visôes. Tiramos algumas fotos e imagens .Um texto que trouxe muitas possibilidades, uma abertura para iniciarmos um processo imersivo de busca que requer sempre de nós algo novo,o despertar continuo da criatividade numa comunicação diferente conseguindo captar outras formas indiretas... Um convite as entrelinhas... as reticências...
Então partimos para uma fase onde o teatro ganhou automomia em relação ao autor e o trabalho grupal passou a comandar a construção. Na etapa do processo veremos como a Cia. Novo Ato chegou a sua nova e poderosa cofiguração com Silas Rodrigues, Luciano Di Freitas e Ana Lu. A Cia. Novo Ato teve a liberdade de realizar uma adaptação na verdade uma síntese do texto e uma reorganização das cenas a partir das necessidades práticas dos ensaios.
Márilia Ribeiro
Atriz Cia Novo Ato
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