sexta-feira, 16 de setembro de 2011


HORÁCIO
O homem-monstro trás nos olhos a dúvida,
do medo,
do horror,
e da vida.
As vozes ecoam inquietações,
As palavras materializam sua fúria diante da incerteza.
Nem mais nem menos
Horácio é a loucura, o medo,
a dúvida e por teimosia retomo: a incerteza.
Vagando seu espírito inquieto e assustador
Rondam por todo o universo: os homens-monstros.
Horácio ora
Piedade por toda fragilidade,
Piedade pela imaturidade,
Do Primitivo espírito, tenha piedade
A vida é um emaranhado de mistérios
Envolto na dor e no prazer
Denominam-se: vitimas e culpados.
Piedade, (...)
Horácio ora e clama por Piedade.
O sensato ao ouvir pensa, pensa, pensa.
De um ímpeto a PERGUNTA-
Será de tuas mãos a primeira pedra a ser lançada?
Ambivalências
Ruas tortas,
O caminho duplo,
O contrário dos contrários.
Envolta em espinhos contemplamos a pureza das rosas.
Da experiência dos duplos e da valência
Nascem as formas: Cristal e Horácio.
Positivo e Negativo
-Inversos-
-Duplos-
-Perigosos-
Ângela e Paulo – Mito ou verdade.
Karina
Deita o peito nu na brancura do céu...
Menina, atriz, irmã
Contorna com seus lábios os pensamentos vagos de Horácio
Dança bailarina infeliz
Sonha na embriaguez - sonhos distantes e irrealizáveis
Empresta a alegria, a inocência e o corpo -
num gozo roubado ou emprestado?
Deita,
Grite
Eleve-se ás alturas
Dança a suave melodia da menina-atriz.
Mona Lisa
De um anglo reto a curva
Na imensidão das cores temos a ausência delas
Do poema a agitação das palavras
MONA LISA
Mulher, menina, homem?
Masculino e feminino
Nas sombras e contornos temos diversas formas
Seu olhar habita o mais profundo mistério
É ela, é ela- ouvimos suas risadas ou será um choro,
Quem, pois acreditaria que a MONA LISA chora lágrimas de Cristal?
Poemas de Silas Santana (ator, professor, bailarino, escritor, integrante da Cia Novo Ato)
Setembro 2011

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